quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"Quando nada é certo, tudo é possível"


É engraçado pensar no quanto as fases da vida interferem na forma como vemos o mundo. Momentos de transição muitas vezes podem fazer com que imaginemos as coisas como tenebrosas ou complicadas demais. Sempre que me deparo com isso fico imaginando como fazer ou como ser para conseguir fazer de uma transição um "salto mortal" ou seja, como fazer com que um passo não seja apenas um passo. Existem momentos em que não ter planos torna tudo mais interessante e incrível, mas sempre rola o medo da incerteza, do "e se eu não conseguir" "e se nada der certo". Na hora de pensar o futuro acredito eu, o ideal é não esperar nada, não há nada que deva ser "des esperado" como diria Caio Fernando Abreu, as vezes as melhores coisas da vida acontecem assim, quando não se espera, não se busca, mas sem querer e não mais que sem querer... se acha!


Mayara Lazarini

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O que já sabia...



Ficou esperando o telefone, o celular
a campainha ou outro tipo de sinal...
Esperou não esperar, esperou não desejar
Esperou...esperou...mais uma hora cansou.
No fundo já sabia que era só uma fase
pra deixa no fundo a ilusão do talvez.
Sabe aquela sensação que se tem
de que a vida tá querendo testar
pra ver até onde a paciência pode
alcançar?
Passou um dia, dois, uma semana
E só então ela provou pra si o que já
havia notado,realmente esta tudo
acontecendo no tempo errado,
e não há nada a ser feito quando
tudo que se faz não é levado em
conta e quando tudo que se diz
se perde no espaço existente entre
o que quer e o que no fundo só diz, que
quer tentar ser feliz.

Mayara Lazarini

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Defeitos ou Qualidades

        Parei pra pensar em uma coisa que realmente é muito interessante, pelo menos pra mim, que sempre acreditou que defeitos, são alguns pontos vulneráveis da nossa personalidade  que devem ser trabalhados para buscar uma melhora pessoal que será, depois, ampliada para as nossas relações. 
            Na realidade a muito tempo conheço e entro em contato com a obra de Clarice Lispector, gosto e admiro muitas de suas frases pelo seu encanto e sua sensibilidade com o mundo, porém,  uma frase em particular me fazia sentir coisas que não entendia, eu compreendia o que ela queria dizer mas não me permitia entrar em contato com a realidade que ela pretendia passar, ou seja, eu não notava o quanto daquilo realmente era verdade pra mim e se fazia presente na minha vida e na das pessoas com as quais convivo.

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro." (C.L)

            Hoje essa frase me veio, assim, quando menos eu esperava que surgisse alguma coisa, e eu comecei a me questionar até que ponto realmente essa frase não se aplica na vida de forma concreta. Quantas vezes nós não nos deparamos com situações na nossa vida em que não sabemos o que fazer, mas sabemos que agiremos de certa forma, de certa maneira seguindo o que popularmente chamamos de "meu jeito" , mas talvez essa forma de encarar as coisas, esse "jeitão", seja ele "orgulhoso", "teimoso", "tímido", seja nosso ponto chave pra consegui enfrentar o mundo que nos cerca. Talvez uma espécie de máscara que nos protege do mundo e nos permite um porto-seguro diante das situações.
            Assistimos o mundo pela nossa lente e estamos vulneráveis ao que ela percebe e ao que ela simboliza e se agimos pelos nossos defeitos, será que não são esses próprios defeitos que fazem com que a gente continue de pé e firme? 
            O que quero dizer com isso, não é que os defeitos devem sempre ser mantidos, mas se eles sustentam nossa forma de agir e nós simplismente tentarmos dissolvê-los poderiamos fazer com que algo desmoronasse e perdesse o que dá sentido, o que equilibra.
            A minha ideia, vai muito além disso, acho extremamente importante poder entrar em contato com os próprios defeitos e descobrir o que faz com que se aja dessa ou daquela forma em determinada situação, e é esse o ponto exato da questão, o necessário não é abolir determinado defeito sem saber o porque ele existia, ou o porque ele permanecia ali, mas sim compreender um defeito seu para tentar ver até que ponto ele tem realmente sido um defeito, ou até que ponto ele tem sido negativo ou positivo nas suas relações e situações. Por exemplo, se eu me acho uma pessoa orgulhosa, e acho isso um defeito, preciso compreender em quais momentos esse orgulho se expresssa e o quanto ele me mantém de pé e me auxilia em algumas situações, o quanto ele as vezes, é necessário, ou seja é tudo uma questão de sentido para os "defeitos", uma espécie de contexto em que eles estão inseridos. 
            Sempre acreditei nesse auto conhecimento para a compreensão de si mesmo, por isso dedico-me a tentar e buscar compreender os seres humanos por meio da psicologia, mas não havia ainda me dado conta desse ponto de vista dos defeitos, que acredito ser um processo possível em terapia, ou seja um processo tanto de ajuda externa (onde perbecemos quais os defeitos) como interna (quando pensamos e absorvemos o significado deles), não descarto é claro a chance que temos de conseguir pensar a própria condição fora de terapia e do auxilio do analista, mas concordo que o processo é mais complicado e mais difícil dessa forma.
            Enfim, passei a pensar um pouco diferente sobre essa questão e passei a dar o devido valor a algumas características de personalidade, pois sobre elas estão ancoradas muitas vezes toda uma vida e toda uma significação de mundo que ultrapassa o que podemos observar simplismente julgando ou criticando determinada forma de agir.
            Talvez se passassemos a ver e compreender o “porque” de nossos defeitos e o “porque” dos defeitos dos outos nossa relação com as pessoas se tornasse mais fácil, porém isso é assunto pra outro post, em um outro momento, por enquanto me limito a expor o que já foi dito, sem muitas esperanças de ser lida ou compreendida, me bastando a possibilidade de poder dizer. 

terça-feira, 24 de agosto de 2010

“É preciso dar cor e forma às coisas porque desnudas elas apavoram.” (CAIO FERNANDO ABREU)



A dúvida não conforta. Eu quero viver tendo certezas, entendendo o mundo a minha volta, sabendo de tudo que possa saber. Não saber não me agrada, gosto de ter um roteiro pra que eu possa mudar depois colocar meu ponto, o meu "q", o meu "g", o meu ponto qualquer!!
Mas o que acontece é que não tenho certezas. Não tenho na vida (não temos) como saber tudo, como saber o que acontece depois da ponte quebrada, depois de cada ato, cada fato, cada sorriso e cada atitude. 
O outro é sim, OUTRO e nunca poderemos entender por completo o que ele é, o que ele sente. Eu confesso, por vezes eu queria, e quero, ter um controle das coisas, mesmo sabendo que isso tornaria as coisas  mais chatas e sem graça, ou simplesmente, as pessoas poderiam expressar e ser o que verdadeiramente são, para que eu não sinta mais essa vontade de descobrir, de querer conferir e provar o que não sei. A busca se torna cansativa, por tentar achar o que vem por trás das coisas e se torna vã, ao se perceber que na verdade, nem tudo que esta por trás das coisas, se saberá. 


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

"Depois do primeiro passo, vem o segundo e o terceiro, e quando se dá conta 
e se olha pra trás a estrada já é tão longa que voltar atrás é quase como jogar a vida fora.
O problema é que os primeiros passos não são muitas vezes guiados por nós, eles se dão assim, 
tão sozinhos, e a consequência é deixarmos eles serem o que quiserem.
Não me arrependo dos meus primeiros passos, em nenhum dos seus âmbitos, mas me arrependo as vezes de não ter guiado meu passos como gostaria, porque agora muitas vezes eu vejo a  estrada e todas as suas pegadas e fico imaginando que tipo de animal passou por ali, e que outro tipo de trilha ele poderia ter seguido. 
Mas não há borracha, nem onda que apague as pegadas e se você quer refazer os seus passos, acho que o ideal é tentar curtir o estado de  viver novamente, tentar novamente, olhando pra trás, mas seguindo sempre em frente."

terça-feira, 27 de julho de 2010

Uma crônica sobre algo da vida real - O esconde-esconde da vida

   Alguém em quem por a culpa, era isso que ela buscou algum tempo, pois demorou a perceber que em algumas situações era impossível achar um culpado, simplesmente não havia. Nem a Deus ela poderia culpar, pois apesar da pouca idade, já tinha uma certa dúvida sobre a presença de um Deus da forma como “pintam” na Bíblia, tão poderoso, onipotente, e definidor de tudo, ela preferia acreditar em uma força que guiava as coisas, auxiliava, um Deus diferente eu diria, mas sinceramente, agora, nem isso ela estava conseguindo acreditar.
   Havia alguma coisa errada, ela sempre acreditou (até então) que algumas pessoas são para sempre como uma espécie de porto seguro e era assim que ele deveria ser para ela, ele: seu pai. Afinal, alguém que vive por nós deveria existir pra sempre não devia? Não que ele não mais existisse, mas sabe como é né? Ela já imaginara, por assim dizer o que viria.
   Talvez ela soubesse que essa ausência, ou semi-presença lhe traria incontáveis traumas pessoais, talvez se lembrasse desse momento quando se jogasse de cabeça em seus relacionamentos e percebesse o quanto era sempre dependente, por mais que tentasse parecer dominadora (provavelmente tentando ocupar uma figura paterna que lhe foi recusada por culpa de? De quem mesmo era a culpa disso tudo?). Não tenho certeza mas acho que se ela soubesse o que se passaria nos próximos anos, não seria tão aparentemente resistência, pois transbordaria, choraria, mostraria que não aguentaria, e  quem sabe, se alguém fosse o culpado disso estivesse onde estivesse a pessoa a visse chorando, triste e diria: - Ah coitadinha, vamos fazer as coisas voltar a ser o que eram... Mas não, ela não chorou tanto, guardou pra si, e as coisas não voltaram a ser como antes (E isso, sim, ela achou que era sua culpa, e pra ser sincera as vezes acha até hoje).
   Mas ela não achou culpados pra tanta coisa, buscou por um tempo, depois como quem cansa de encontrar o amigo imaginário na brincadeira do esconde-esconde, parou.
   Já adulta ela busca invés de culpados, respostas que provalmente não encontrara, mas sabe que se quiser (e puder), superar o que passou terá que ser o mais real possível, encarar os traumas e aceitá-los, mas isso não é fácil, não era fácil para uma menina e tenho certeza, continuará sendo difícil para uma mulher, que apesar de todas as experiências que viveu e de todas as dores que sentiu continuava a ser apenas aquela mesma pequena menina que desejaria que nesse “esconde-esconde” com a vida, dentre tumultos e turbulências, doenças e injustiças, peças que a vida prega,  bem, no meio disso tudo, ela não queria ter sido justo ela, a encontrada.

Mayara L.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Os espelhos














Se os espelhos refletissem a alma, 
Se olhando no espelho se visse o que não se vê
Eu que não me olharia no espelho por medo de mim...
Fico imaginando quantas pessoas eu gostaria de ver...
Se no fundo o que falta é a verdade
Se no fundo o que falta é se ver mais além...
Se é nesse mundo que se tem que viver..
Será que não seria preciso viver com um espelho também?
Refletir, o que dentro se tem
mas, refletir, todos sabem, nem sempre convém...


Mayara!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

"O problema é que quero muitas coisas simples, então pareço exigente" Fernanda Young

Eu quero que o mundo inteiro viva em paz, e a paz que eu digo querer, é a paz de dentro, não de fora. Não quero faixas, passeatas, pombas brancas voando, ou pombos correio levando mensagens de amor. 
Eu quero que o mundo viva a paz de espírito, de olhar o outro como outro, de estar com o outro quando ele precisar, de ver os animais sendo bem tratados.
Não quero uma paz que suma com as drogas, com as bebidas, com todas as outras coisas ilícitas que existem no mundo, mas quero que toda a violência e toda banalidade seja substituída por atitudes decentes, pensamentos de seres humanos, que sentem, que dão valor a vida do outro; dessa forma, droga nenhuma vira tiro, ou arma de fogo e bebida nenhuma leva a morte de outra pessoa, é tudo questão de consciência de si e do outro.
Eu quero respeito aos desejos, que as pessoas possam amar, desejar e querer sem que isso seja um pecado, um defeito. 
Eu quero que as religiões entendam o sexo como um prazer do qual não se deve ter vergonha mas sim orgulho, pelo que causa, pelo que pode causar de bom a quem faz, a quem demonstra querer bem a outro alguém.
Eu quero que a saudade que se tem das pessoas possa passar, que as pessoas possam se ver, sem impedimento, sem fronteiras, que sejam livres pra ir e vir.
Eu quero que todo mundo tenha dinheiro pra comprar o que precisa, pra gastar quando quiser sem que o dinheiro domine sua vida, suas atitudes e seu caráter.
Eu quero que destruam as prisões, que desapareçam os advogados, juízes, polícia, quero ver as pessoas se defenderem, falarem, serem elas mesmas o poder e o não poder.
Eu quero um governo do povo, não quero um presidente cuidando de tudo, eu quero um grupo de pessoas que pensem juntas e criem soluções; sem líder, juntos. 
Eu quero poder olhar dentro dos olhos dos outros e me impressionar, quero acreditar no mundo dos meus sonhos, pode parecer demais, podem achar que sou exigente, que nada! O futuro tem o peso do sonho da gente! Sempre! 

segunda-feira, 7 de junho de 2010

as vezes do mais...

as vezes eu tenho vontade de não ter vontades,
de poder escrever sem colocar a maiúscula, sem lembrar
da vírgula e acabar também por esquecer os pontos finais
afinal,
daquilo que sei não sei tudo que deveria, e não sabendo
acabo ficando sempre com a sensação de que
existe algo a mais
aliás, é o mais que me impreciona, não mas, mas sim o mais!
aquele que parece querer dizer, que há o que parece não haver.
Há sempre mais do que pensamos, há mais do que deveria haver,
e deve no fundo fazer algum sentido.
as vezes eu tenho vontade de poder não ter medo do mais que vive
dentro de mim, pois sim e mais sim,
não dever não me faz não sentir.

Mayara ;)

domingo, 9 de maio de 2010

Mãe...

Cada dia me pareço mais com você, a voz, o jeito....
Te amo de todas as formas e nem sei como expressar isso a não ser escrevendo.
Não sou a mais carinhosa das filhas, não sou um exemplo pra nenhuma filha aliás.
Mas te amo de verdade...
E espero que você saiba disso de alguma forma! 
Estou escrevendo aqui o que não tenho coragem de te dizer frente a frente...
Não poderia ser diferente, você não foi só minha mãe, pai e tudo mais...
você é um exemplo de como aguentar firme aos trancos que a vida dá.
Desculpa as mancadas, os gritos, as portas batendo... não sei ser suave, não sei ser
calma nos momentos de raiva... Mas sei que te amo mesmo desse meu jeito: nervosa, como 
você mesma diz...
Eu tenho um gênio forte, escuto isso sempre, mas tive a quem puxar... e não acho isso um defeito...
assim você me criou e vai ser assim que vou enfrentar a vida..
TE AMO MÃE!!! 



quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mayara Da Silva Lazarini Eu sei que o que eu vou dizer pode soar como ingratidão mas é inevitável não pensar nisso as vezes.A vida é uma peça de teatro de marionetes e não preciso dizer quem são os personagens principais e eles são movidos por algo além das nossas possibilidades.

Há alguns minutos escrevi isso no meu facebook, e assino em baixo mil vezes se precisar.
Quem nunca esteve numa situação (ou várias delas) em que achou que alguém em algum lugar só de sacanagem
tava brincando com você, querendo ver até que ponto vai sua tolerância com o mundo.
Isso acontece em coisas comuns, tipo você ver o seu ônibus ir embora quando você precisa chegar mais cedo, ou ter que achar uma roupa e ela sumir do seu armário, ou esquecer o guarda-chuva bem no dia que o mundo decide desabar.
Quando essas coisas acontecem comigo eu fico pensando porque fui eu que tive o azar? ( é sou bem egoísta algumas vezes e acho que é só comigo).
Outras vezes isso acontece com nossa vida de uma forma mais séria, nos deparamos com situações que não escolhemos... e ai mais uma vez... eu fico pensando naquela pessoa bem sacana me testando lá em cima ( não que seja no céu, mas em cima porque assim ela pode observar melhor e se divertir!).

Somos testados em nossos sentimentos, vontade, sonhos, nossas esperanças com relação as coisas e o pior não temos a quem reclamar. O segredo me parece ser dar risada desses pequenos deslizes que temos que enfrentar, dessas curvas que quase nos derrubam... No fim deve haver alguma diversão !! Espero!

Mayara

quinta-feira, 11 de março de 2010

O dia que escrevi e não pensei....

Um plano

Não se sabe ao certo o destino das coisas,
não se sabe ao certo que coisas o destino tem pra mostrar
Se tem um plano mas um plano não implica necessariamente
no outro sentido da palavra: raso, liso, fácil, acessível e claro...
Um plano é o que nos leva ao que queremos
É um projeto, é um plano de curvas
Curvas que de tão impensadas podem ser impulsos ao desastre...
Desastre? Não quero saber o que é isso, não agora...
Não existe um desastre pra quem acredita num plano, o plano é mais que isso...
E não há nada nesse mundo que me faça desistir do meu...
Não há desastre que seja tão grande como tão grande são os sonhos que tenho.
Meu plano são curvas e as curvas de meu plano, não me farão parar.

Mayara ;)






domingo, 7 de março de 2010

Hoje fui ao cinema e passei por uma situação bem estranha, ao sair do shopping eu encontrei no chão uma escova de cabelo que era IGUALZINHA a minha, eu tinha certeza de que era a minha pois elas tinham mordidas no mesmo lugar e a mesma parte quebrada além do que foi por aquela porta que eu havia entrado.
Foi uma espécie de Deja vú que não era necessariamente um deja vú.
O deja vú de verdade faz você sentir como se já estivesse sentido o que esta sentindo agora..(ok, as 3 da manhã fica mais complicado ainda me entender).
Geralmente quando um tenho um deja vú de verdade(nao esse da escova) eu rapidamente retomo a consciência de que aquilo não aconteceu antes, mas sempre fica a gostosa sensação de que poderia ser verdade.Quem nunca pensou que bom seria se tivessemos um deja vú que na realidade é apenas uma volta ao passado para fazer as coisas diferentes...

A escova não era a minha, achei a minha logo em seguida dentro da bolsa e deja vú com direito a volta no tempo também não pode existir...Mas eu sei, não custa sonhar um pouco não é?





quinta-feira, 4 de março de 2010

Ana Carolina e Raul Seixas?! =X

A primeira música que escutei da Ana Carolina foi GARGANTA, e foi ai que percebi o quanto algumas músicas tem o poder de fazer você ter vontade de gritar algumas coisas, as músicas seguintes não foram diferentes e foi então que percebi que quem fazia eu ter vontade de gritar na verdade era a cantora, que cá entre nós é sensacional...
Fazia um tempo já que eu não ouvi nada de Ana Carolina, mas hoje acordei com vontade disso, acredito que seja por esse grito que ela liberta, quando não se pode gritar de verdade o ideal é usar uma música...
Eu coloquei umas 20 músicas dela no celular e sai pra faculdade.
as músicas não saíram da cabeça até agora.. e eu nem quero que saiam...

Vale a pena falar que hoje encontrei outro senhor que me chamou atenção, dessa vez no metrô e não no ônibus: era um senhor de uns 65 anos, 70 por ai, sentando do banco do idoso.Até ai nada demais... O que chamou minha atenção na verdade foi o chapéu que ele usava... Era um chapéu daqueles que você usa para ir no parque e que é a cara de senhorinhas de idade que são fofinhas, mas o dele tinha espalhado uma estampa com diversas notas de dólar. Achei aquilo a prova viva de que por mais que a gente tente se desvencilhar de algumas idéias e pressões sociais o dinheiro não sai da cabeça das pessoas e o pior passamos a levá-lo de um lado pro outro sobre nossas cabeças como se fosse ele que devesse mesmo nos guiar. Senti que aquilo era ruim, mas passou rápido logo em seguida me veio a idéia de que talvez aquele homem soubesse muito mais que eu e tivesse tirando um sarro de toda essa lógica capitalista...Ele escutou quando Raul Seixas falou:
"Desejo que você tenha dinheiro pois é preciso viver também, mas que você diga a ele pelo menos uma vez quem é mesmo o dono de quem..."


quarta-feira, 3 de março de 2010

De vez em quando precisamos levar um cutucão!!

Nossa eu nem imaginava que voltaria a escrever aqui.
Continuo escrevendo de vez em quando e apagando em seguida (como já é de praxe),
mas hoje tive uma inspiração muito boa pra escrever: vi alguns vídeos de um cara que posta vídeos como se estivesse num blog, segue o link : http://www.youtube.com/watch?v=c4-bl89HZak&feature=channel Vale muito a pena perder um tempo ai...
Pois então, eu tava vendo os vídeos dele e comecei a sentir aquela coceirinha típica nos dedos.

Hoje aconteceu uma coisa meio esquisita comigo (eu sei que já prometi pra mim mesma que não falaria de mim mas é complicado meu egoísmo não deixa) eu estava no ônibus indo para a faculdade e ai do nada um senhor me deu uma cutucada porque ele queria se sentar no banco vazio do meu lado, eu acho que ele não falava porque ele só me cutucou, não pediu licença nem nada, enfim... fui para o lado, ele sentou e ficou o tempo todo resmungando algumas coisas e apontando para fora do ônibus...
No fim da. Av Ipiranga ele desceu e eu fiquei pensando o que ele estava querendo dizer e depois fiquei pensando que se eu estivesse no lugar dele e quisesse dizer alguma coisa e ninguém prestasse atenção em mim eu provavelmente me sentiria péssima. Depois disso me senti péssima por não ter dado a devida atenção ao senhor que me cutucou...
Tá certo que provavelmente senti isso tudo porque ele me cutucou ele entrou em contato comigo e eu não consegui entrar em contato com ele também...
Eu sempre soube que tinha um pouco de medo do que não entendo...

Beijos...