quarta-feira, 23 de março de 2011


"E se é verdade que o tempo não volta, também deveria ser verdade que os amigos não se perdem." (CFA)

E é assim que funciona, quando a gente vê já não se vê, e nada mais consegue ser igual, nenhuma antiga carta da época do colégio, nenhuma lembrança do primeiro porre ou da primeira crise de riso, nada disso é capaz de trazer de volta aquela sensação de amizade pra sempre... 
Com 17 a gente pensa que pra sempre é mesmo SEMPRE e que dizer isso pode fazer as coisas realmente serem dessa forma, mas em que esquina perdemos a noção das coisas? em que briga? em que situação? em que traição? não sei, ou sei? Ignoro pra não lembrar que erro, que errei ?, lembrar amigos do passado não os torna presente, mas pode nos deixar mais consciente daquilo que deixamos de fazer por eles e daquilo que fizemos de nós e por nós, por sermos assim dizendo.... egoistas e assumo isso com toda a sinceridade possível, mesmo que seja tarde de mais pra ser sincero...
MSL

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Elas sempre ... Voltam!


"Pode parecer que o que digo não faz sentido, que sou o tipo de pessoa impulsiva, ou simplismente maluca...
mas a grande realidade disso tudo é que não vejo outra forma de conseguir dizer certas coisas, nunca me ensinaram o que fazer quando era preciso agir com cautela, nunca passei por nada na vida com essa "calma" e "separação" que o mundo vive exigindo que eu tenha diante das coisas, comigo nunca nada foi assim, foi tudo sempre intenso, rápido e muitas vezes doloroso... sabendo disso se ainda assim você me achar uma maluca sem solução, nada posso fazer, nada posso dizer... Me mostre como se vive de outra forma passando por tudo que já passei, compreenda, e se puder, se quiser e se der... me aceite! Acho que é isso que chamam de 'nossa vida'... nós nos tornamos aquilo que a vida quis de nós!"
(M.S.L)


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Sobre o insolucionável! (e ainda assim perfeito)

Conforme crescemos vamos aprendendo a ser, e isso é cada vez mais doloroso e difícil .Na escola, a gente aprende que 2 +2  são 4, aprende as regras de português e aprende que química e física são difíceis, mas são solucionáveis...
Ninguém nos ensina o que fazer quando entramos no beco sem solução, quando nos deparamos com a dificuldade, com a dúvida.Pintam um mundo perfeitíssimo e nós, bom nós como "acomodados" que somos, acreditamos que a solução pra tudo realmente existe, ai vem a vida e quando menos
nos damos conta, uma mudança, uma turbulência...
O que fazer então? Não adianta olhar os cadernos da escola, Baskara  (será que é assim), fórmula da velocidade média? Nada disso ajuda, nada encaixa...E a velocidade das coisas essas sim aumentam ... e cada vez mais algumas coisas na vida se mostram insolucináveis!
Quando nada mais parece funcionar, é que se percebe talvez num deslize ou num momento de breve razão que o insolucionável na verdade não pede uma resposta, é assim, ele é porque 'é' e só precisa que o compreendam, pois nem tudo precisa ter solução, afinal buscar solução no insolucionável só nos faz perder o que ele tem para  nos oferecer: há coisas na vida que não servem para serem resolvidas, e sim compreendidas, aproveitadas e descobertas... Vamos lá... Descobrir?! Quem sabe... quem sabe...
(M.S.L)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"Quando nada é certo, tudo é possível"


É engraçado pensar no quanto as fases da vida interferem na forma como vemos o mundo. Momentos de transição muitas vezes podem fazer com que imaginemos as coisas como tenebrosas ou complicadas demais. Sempre que me deparo com isso fico imaginando como fazer ou como ser para conseguir fazer de uma transição um "salto mortal" ou seja, como fazer com que um passo não seja apenas um passo. Existem momentos em que não ter planos torna tudo mais interessante e incrível, mas sempre rola o medo da incerteza, do "e se eu não conseguir" "e se nada der certo". Na hora de pensar o futuro acredito eu, o ideal é não esperar nada, não há nada que deva ser "des esperado" como diria Caio Fernando Abreu, as vezes as melhores coisas da vida acontecem assim, quando não se espera, não se busca, mas sem querer e não mais que sem querer... se acha!


Mayara Lazarini

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O que já sabia...



Ficou esperando o telefone, o celular
a campainha ou outro tipo de sinal...
Esperou não esperar, esperou não desejar
Esperou...esperou...mais uma hora cansou.
No fundo já sabia que era só uma fase
pra deixa no fundo a ilusão do talvez.
Sabe aquela sensação que se tem
de que a vida tá querendo testar
pra ver até onde a paciência pode
alcançar?
Passou um dia, dois, uma semana
E só então ela provou pra si o que já
havia notado,realmente esta tudo
acontecendo no tempo errado,
e não há nada a ser feito quando
tudo que se faz não é levado em
conta e quando tudo que se diz
se perde no espaço existente entre
o que quer e o que no fundo só diz, que
quer tentar ser feliz.

Mayara Lazarini

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Defeitos ou Qualidades

        Parei pra pensar em uma coisa que realmente é muito interessante, pelo menos pra mim, que sempre acreditou que defeitos, são alguns pontos vulneráveis da nossa personalidade  que devem ser trabalhados para buscar uma melhora pessoal que será, depois, ampliada para as nossas relações. 
            Na realidade a muito tempo conheço e entro em contato com a obra de Clarice Lispector, gosto e admiro muitas de suas frases pelo seu encanto e sua sensibilidade com o mundo, porém,  uma frase em particular me fazia sentir coisas que não entendia, eu compreendia o que ela queria dizer mas não me permitia entrar em contato com a realidade que ela pretendia passar, ou seja, eu não notava o quanto daquilo realmente era verdade pra mim e se fazia presente na minha vida e na das pessoas com as quais convivo.

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro." (C.L)

            Hoje essa frase me veio, assim, quando menos eu esperava que surgisse alguma coisa, e eu comecei a me questionar até que ponto realmente essa frase não se aplica na vida de forma concreta. Quantas vezes nós não nos deparamos com situações na nossa vida em que não sabemos o que fazer, mas sabemos que agiremos de certa forma, de certa maneira seguindo o que popularmente chamamos de "meu jeito" , mas talvez essa forma de encarar as coisas, esse "jeitão", seja ele "orgulhoso", "teimoso", "tímido", seja nosso ponto chave pra consegui enfrentar o mundo que nos cerca. Talvez uma espécie de máscara que nos protege do mundo e nos permite um porto-seguro diante das situações.
            Assistimos o mundo pela nossa lente e estamos vulneráveis ao que ela percebe e ao que ela simboliza e se agimos pelos nossos defeitos, será que não são esses próprios defeitos que fazem com que a gente continue de pé e firme? 
            O que quero dizer com isso, não é que os defeitos devem sempre ser mantidos, mas se eles sustentam nossa forma de agir e nós simplismente tentarmos dissolvê-los poderiamos fazer com que algo desmoronasse e perdesse o que dá sentido, o que equilibra.
            A minha ideia, vai muito além disso, acho extremamente importante poder entrar em contato com os próprios defeitos e descobrir o que faz com que se aja dessa ou daquela forma em determinada situação, e é esse o ponto exato da questão, o necessário não é abolir determinado defeito sem saber o porque ele existia, ou o porque ele permanecia ali, mas sim compreender um defeito seu para tentar ver até que ponto ele tem realmente sido um defeito, ou até que ponto ele tem sido negativo ou positivo nas suas relações e situações. Por exemplo, se eu me acho uma pessoa orgulhosa, e acho isso um defeito, preciso compreender em quais momentos esse orgulho se expresssa e o quanto ele me mantém de pé e me auxilia em algumas situações, o quanto ele as vezes, é necessário, ou seja é tudo uma questão de sentido para os "defeitos", uma espécie de contexto em que eles estão inseridos. 
            Sempre acreditei nesse auto conhecimento para a compreensão de si mesmo, por isso dedico-me a tentar e buscar compreender os seres humanos por meio da psicologia, mas não havia ainda me dado conta desse ponto de vista dos defeitos, que acredito ser um processo possível em terapia, ou seja um processo tanto de ajuda externa (onde perbecemos quais os defeitos) como interna (quando pensamos e absorvemos o significado deles), não descarto é claro a chance que temos de conseguir pensar a própria condição fora de terapia e do auxilio do analista, mas concordo que o processo é mais complicado e mais difícil dessa forma.
            Enfim, passei a pensar um pouco diferente sobre essa questão e passei a dar o devido valor a algumas características de personalidade, pois sobre elas estão ancoradas muitas vezes toda uma vida e toda uma significação de mundo que ultrapassa o que podemos observar simplismente julgando ou criticando determinada forma de agir.
            Talvez se passassemos a ver e compreender o “porque” de nossos defeitos e o “porque” dos defeitos dos outos nossa relação com as pessoas se tornasse mais fácil, porém isso é assunto pra outro post, em um outro momento, por enquanto me limito a expor o que já foi dito, sem muitas esperanças de ser lida ou compreendida, me bastando a possibilidade de poder dizer. 

terça-feira, 24 de agosto de 2010

“É preciso dar cor e forma às coisas porque desnudas elas apavoram.” (CAIO FERNANDO ABREU)



A dúvida não conforta. Eu quero viver tendo certezas, entendendo o mundo a minha volta, sabendo de tudo que possa saber. Não saber não me agrada, gosto de ter um roteiro pra que eu possa mudar depois colocar meu ponto, o meu "q", o meu "g", o meu ponto qualquer!!
Mas o que acontece é que não tenho certezas. Não tenho na vida (não temos) como saber tudo, como saber o que acontece depois da ponte quebrada, depois de cada ato, cada fato, cada sorriso e cada atitude. 
O outro é sim, OUTRO e nunca poderemos entender por completo o que ele é, o que ele sente. Eu confesso, por vezes eu queria, e quero, ter um controle das coisas, mesmo sabendo que isso tornaria as coisas  mais chatas e sem graça, ou simplesmente, as pessoas poderiam expressar e ser o que verdadeiramente são, para que eu não sinta mais essa vontade de descobrir, de querer conferir e provar o que não sei. A busca se torna cansativa, por tentar achar o que vem por trás das coisas e se torna vã, ao se perceber que na verdade, nem tudo que esta por trás das coisas, se saberá. 


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

"Depois do primeiro passo, vem o segundo e o terceiro, e quando se dá conta 
e se olha pra trás a estrada já é tão longa que voltar atrás é quase como jogar a vida fora.
O problema é que os primeiros passos não são muitas vezes guiados por nós, eles se dão assim, 
tão sozinhos, e a consequência é deixarmos eles serem o que quiserem.
Não me arrependo dos meus primeiros passos, em nenhum dos seus âmbitos, mas me arrependo as vezes de não ter guiado meu passos como gostaria, porque agora muitas vezes eu vejo a  estrada e todas as suas pegadas e fico imaginando que tipo de animal passou por ali, e que outro tipo de trilha ele poderia ter seguido. 
Mas não há borracha, nem onda que apague as pegadas e se você quer refazer os seus passos, acho que o ideal é tentar curtir o estado de  viver novamente, tentar novamente, olhando pra trás, mas seguindo sempre em frente."